Teatro Municipal Christiane Riêra

* Programação sujeita a alterações.

Teatro Municipal Christiane Riêra

O Teatro Municipal Christiane Riêra foi inaugurado no dia 12 de março de 2016 pela Prefeitura Municipal de Itajubá.

A aquisição deste, que é o maior palco da cultura itajubense, foi viabilizada por meio de uma parceria entre a Prefeitura - Administração 2013/2016 - e a empresa Plasinco Empreendimentos e Participações S.A. A Prefeitura doou o galpão e o terreno em que funcionava a antiga empresa Cabelte para o grupo Plasinco, que em contrapartida construiu o Teatro, em frente ao Centro Administrativo Pres. Tancredo de Almeida Neves, no bairro Estiva.

O Teatro oferece toda a estrutura necessária para receber grandes espetáculos de teatro, música e dança, bem como exposições, cursos e oficinas ligadas à cultura e a arte.

Especificações Técnicas:

- 706 lugares + 6 locais reservados para cadeirantes;
- 4 cadeiras para obesos localizadas próximas ao palco;
- Sala de exposições, fayer, sala de música e de dança;
- Dois camarins laterais;
- Embarque e desembarque de cenários;
- Saída localizada na parte de trás do Teatro;
- Duas saídas laterais, esquerda e direita, de emergência;
- Banheiros com acessibilidade;
- Área gourmet;
- Estacionamento próprio para 50 carros;
- 4 saídas de emergência;
- Equipamentos de segurança: sensores de incêndio,
luz de emergência, equipamentos de som e iluminação
necessários para aportar peças de alto nível.



Quem foi Christiane Riera?


O nome Christiane Riera foi escolhido em homenagem presta a dramaturgista itajubense que deixou um importante legado para a área das artes cênicas no Brasil. O projeto de lei que denomina o Teatro Municipal Christiane Riêra foi aprovado pela Câmara Municipal de Itajubá, em julho de 2015.

Graduada em Letras, Christiane Riera cursou mestrado e doutorado em Dramaturgia e Crítica Dramática pela Yale University / Yale School of Drama, instituição em que defendeu sua tese sobre o Processo Colaborativo em Grupos de Teatro Brasileiros Contemporâneos, com foco no Teatro da Vertigem e na Companhia do Latão. Também cursou mestrado em Teoria Literária e Literatura Comparada pela Universidade de São Paulo (USP), onde concluiu sua tese sobre Nelson Rodrigues, sob orientação do professor Roberto Ventura.

Residiu por 7 anos nos Estados Unidos da América (EUA), estudando e trabalhando com teatro. Foi colaboradora do jornal The Village Voice, em 2001. Neste mesmo ano, atuou como consultora em Dramaturgia, avaliando textos teatrais para o The New York Theater Workshop. Nesta época, já havia trabalhado por três anos como consultora para o Yale Repertory Theater e estagiado no The Flea Theater, em Nova Iorque. Sua experiência em montagens como dramaturgista inclui: O Misantropo, dirigido por Lisa Channer; Tango Palace, dirigido por Miranda Hoffman; O Doente Imaginário, dirigido por Mark Rucker; Macbeth, dirigido por David Kennedy e Crumbs from the Table of Joy, dirigido por Seret Scott.

De volta ao Brasil, Christiane trabalhou por quatro anos como consultora de roteiros para a produtora de cinema Gullane Filmes, desenvolvendo projetos de longa-metragem com os diretores Cao Hamburger, Laís Bodanzky, Heitor Dhalia e Carlos Cortez. Ainda na produtora, coordenou os oito primeiros episódios da série Alice para a HBO, sob a direção de Karim Aïnouz e Sérgio Machado. Também traduziu e produziu, ao lado de Maria Luisa Mendonça, o espetáculo Essa Nossa Juventude, do dramaturgo americano Kenneth Lonergan, que obteve duas indicações para o prêmio Shell.

Depois de trabalhar como consultora de dramaturgia no roteiro do longa-metragem O Jardineiro Fiel, dirigido por Fernando Meirelles, foi convidada para coordenar o departamento de Desenvolvimento de Projetos da produtora O2 Filmes, em um acordo de coprodução com a Focus Features / Universal Studios. Exerceu esta função por três anos, até agosto de 2009, avaliando centenas de roteiros e coordenando a dramaturgia de diversos longas-metragens. Ainda na O2 Filmes, desenvolveu os episódios para a segunda temporada de Os Filhos do Carnaval, com a roteirista Elena Soares e o diretor Cao Hamburger, e para a segunda temporada de Antônia, série em coprodução com a TV Globo, coordenada por Jorge Furtado. Além disso, coordenou o desenvolvimento da série em coprodução com a HBO, Destino SP.

Christiane Riêra colaborou criticamente com inúmeros profissionais brasileiros, entre eles os roteiristas Marçal Aquino, Bráulio Mantovani, Elena Soares, Anna Muylaert, Luiz Bolognesi e os diretores Cláudio Torres, Breno Silveira, Paulo Morelli, Lula Buarque de Holanda, Laís Bodansky, Tata Amaral, entre outros. Colaborou no roteiro de Xingu, dirigido por Cao Hamburger. Como crítica, Christiane escreveu artigos para a revista Theater e Bravo!.

Em maio de 2000, recebeu o prêmio Truman Capote por Excelência em Escrita Crítica, outorgado pela Yale University. Seu último trabalho como crítica foi para o jornal Folha de São Paulo nos anos de 2010 e 2011. Foi colunista fixa da seção de Teatro do caderno Ilustrada desse jornal, colaborando semanalmente.

A dramaturgista cursava pós-doutorado no Departamento de Cinema da Escola de Comunicação e Artes (ECA) da USP e desenvolvia projeto de pesquisa em dramaturgia para o cinema sob a supervisão da Prof. Dra. Esther Hamburger, quando faleceu, em maio de 2012, em decorrência de um câncer pulmonar.

Christiane Riera foi fundamental para que se consolidasse o projeto do Teatro Municipal em Itajubá. Incentivou seu primo, o prefeito Rodrigo Riêra, quando este definia seu plano de governo: em uma longa conversa ela ressaltou a importância da cultura para o desenvolvimento do município, estimulando-o ainda mais a investir na construção de um grandioso teatro para a população itajubense.