História
Itajubá foi fundada em 19 de março de 1819 e em 27 de
setembro de 1848 foi emancipada e, conforme a Lei nº 355, de
27 de setembro de 1848, a abrangência dos seguintes territórios:
a freguesia de mesmo nome (que abrangia o atual município
e Piranguçú), Cristina (Espírito Santo do Cumquibus),
Pedralva (São Sebastião da Capituba), Brasópolis
(São Caetano da Vargem Grande) e Delfim Moreira (Soledade de
Itajubá). Pouco tempo depois esses territórios foram
se desmembrando de Itajubá.

Rua
da Matriz
Vestígios
de nosso passado
Na
corrida à exploração de pedras preciosas em Minas
Gerais foram descobertas as minas de Nossa Senhora da Soledade do
Itagybá, local onde se construiu a cidade de Delfim Moreira,
na qual teve início a história da atual cidade de Itajubá.
Um apetite de ouro e pedrarias que levaria à formação
de povoados na região sul de nosso Estado.
Um
apetite de ouro e pedrarias que levaria à formação
de povoados na região sul de nosso Estado. Entre bravos e arrojados
povoadores estava Miguel Garcia Velho, fundador da primitiva Itajubá,
hoje cidade e município de Delfim Moreira.
Nas
imediações de Passa-Quatro, Miguel seguiu pelos vales
de Bocaina, afastando-se, pois da rota já trilhada por outros
exploradores, a qual ia dar no Rio Verde e Baependi. Transpôs
a Serra dos Marins e o planalto do Capivari, no qual andou descobrindo
algumas pintas de ouro. No Córrego Alegre e nas águas
do Tabuão encontrou maiores indícios do cobiçado
metal. Pretendia alcançar a Serra de Cubatão, mas a
mina do Itagybá foi a que mais o seduziu, e onde permaneceu
por mais tempo, dando início ao povoado. Era 1703.
O
garimpo nas minas de Itagybá foi efêmero. As catas e
as gupiaras não compensavam o trabalho e não correspondiam
à sede de riquezas de Miguel Garcia Velho e seus companheiros.
Os
bandeirantes se retiraram, e quem ficou no povoado tratou de se arranjar
com a agricultura e a pecuária. Povo laborioso, mas de minguados
recursos, o arraial em desfavorável localização,
e a Soledade do Itagybá não prosperou.
E
a história da nova cidade de Itajubá começou
na Soledade do Itagybá do Sargento-mor Miguel Garcia Velho.
Padre
Lourenço da Costa Moreira: O Novo Vigário

Rua Nova
A
Freguesia de Nossa Senhora da Soledade de Itajubá (atual cidade
e município de Delfim Moreira), já no meado do século
XVIII, se encontrava sobremaneira abalada em seus recursos econômicos
e sua vida social com a paralisação das atividades auríferas.
Os aventureiros que, depois de Garcia Velho, lá estiveram,
logo abandonaram aquelas minas. Os poucos habitantes do povoado, desde
então, nem mais pensavam em ouro, que já não
dava pão e comida a ninguém, de tão raro que
ficou.
Com
a morte pároco, Padre Joaquim José Ferreira, ocorrida
em princípios de 1817, Soledade de Itajubá só
se daria mais de um ano depois com o novo vigário, Padre Lourenço
da Costa Moreira, através da nomeação real de
D. João VI.
O
vigário vinha acompanhado de seus escravos, da senhora D. Inês
de Castro Silva, do Dominicano, menino de 5 anos, e de Delminda, pequerrucha
de apenas 2 anos, os quais estavam sob os cuidados de zelosas mucamas
de sua comitiva.
Itagybá
O
nome Itagybá, que na língua indígena significa,
“Rio das pedras que do alto cai”, cascata, foi dado em
alusão à cachoeira junto às minas de Miguel Garcia
Velho, sugerido por seus companheiros de expedição.
Como
nunca faltava uma evocação religiosa católica
nos antigos povoados, logo denominavam o lugarejo de Nossa Senhora
da Soledade de Itajubá, ou, segundo se dizia então,
do Itagybá.
A
cascata histórica que emprestou o nome a Itajubá está
na área urbana da cidade de Delfim Moreira, a primitiva Itagybá,
a cerca de meio quilômetro do centro e de sua igreja Matriz.
Por
lamentável confusão com a palavra itajuba (com a tônica
no – jú), muita gente acredita que Itajubá significa
pedra amarela. E a fantasia popular chegou a imaginar a existência
de uma pedra amarela no município.
Fundação
da Nova Itajubá

Praça Theodomiro Santiago
Dois
meses depois de sua chegada à Soledade de Itajubá, o
Padre Lourenço da Costa Moreira, durante a missa conventual,
usou a tribuna sagrada para expor aos seus paroquianos que a má
localização da aldeia não era favorável
ao desenvolvimento e, do púlpito, convidou seus paroquianos
a descer a serra, rumo ao Sapucaí, à procura de um lugar
aprazível e bom, no qual se pudesse construir a nova sede da
Freguesia. Permaneceria ali a Capela de Nossa Senhora da Soledade.
Na
noite de 17 de março de 1819 reuniu o vigário, na Matriz,
todos os fiéis que os seguiriam. Na manhã do dia seguinte,
após a missa, a caravana rumou para as bandas do Sapucaí.
Eram os pioneiros da nova Matriz, que marchavam com a missão
de fundar a nova Itajubá.
No
dia seguinte, rumando todos para o alto do cômoro, o Ibitira,
segundo a denominação dos Puri-Coroados, o vigário
se deslumbrou com o que viu. Não era preciso prosseguir a viagem.
O local onde estavam lhe parecera excelente para a fundação
do novo povoado e a sede da Freguesia. Alí em meio a clareira
aberta pelos desbravadores, foi construído um altar e o Cruzeiro
onde Padre Lourenço celebrou a primeira missa. Foi nesse altar
erguido exatamente onde hoje se encontra a Matriz da Paróquia
de Nossa Senhora da Soledade, que nasceu, em 19 de março de
1819, a atual Cidade de Itajubá.
(Dados
retirados do livro: "História de Itajubá”-
BH / 1987 Armelim Guimarães)
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