Rio Sapucaí

O
Rio Sapucaí é o grande rio de Itajubá. Divide
a cidade bem ao meio. É relevante sua importância no
progresso e na vida da cidade, sobretudo no passado, com o favorecimento
da navegação. É o fertilizador do grande vale
pelo qual serpeia, recolhendo as águas de vários tributários
menores, tão ligados às tradições itajubenses,
entre os quais o piscoso Lourenço Velho e o Ribeirão
José Pereira, que iluminou a cidade no início do século,
e que também atravessa a cidade.
Sapucaí
quer dizer rio das sapucaias, isto é, rio que canta, rio que
grita. O nome foi dado pelos índios em alusão às
lecitidáceas que, quando fustigadas pelos ventos, freqüentes
no vale, produziam silvos semelhantes a gemidos. Daí chamarem
eles sapucaia, isto é, árvore que chora, árvore
que geme, a essas lecitidáceas, então existentes com
abundância em quase todo o vale, sobretudo nas margens e barrancas
do rio, onde eram mais aglomeradas.
O Sapucaí entra na cidade pelo bairro urbano Santa Rosa,
e sai pelo de Boa Vista, dividindo-a em duas partes iguais. Dentro
do município, o mais importante de seus afluentes, da margem
direita, é o Ribeirão José Pereira, que tem origem
na Serra da Água Limpa e que vai despejar-se no Sapucaí
já dentro da cidade. Da margem esquerda, os mais notáveis
desses afluentes são o Córrego da Estância, o
Ribeirão das Anhumas (estes dois nascem na Serra do Pouso Frio),
o Ribeirão Piranguçu e o Ribeirão dos Antunes,
este já nas divisas com Piranguinho.
O
Rio Sapucaí percorre, desde sua nascente até a barra
com o Lourenço Velho, na saída do município,
uma extensão de 48 km, num vale formado, lado a lado, de altíssimas
e imensas vertentes da Mantiqueira.
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